BelieveCherNo matter how hard I try
You keep pushing me aside
And I can't break through
There's no talking to you
It's so sad that you're leaving
It takes times to belive it
But after all is said and done
You're gonna be the lonely one
(REFRAIN)
Do you believe in life after love?I can feel something inside me saysI really don't think you're strong enough, no(repeat)
What am I supposed to do?
Sit around and wait for you
Well I can't do that
And there's no turning backI
need time to move on
I need love to feel strong
'Cos I've had time to think it through
'N' maybe I'm too good for you
(REFRAIN)
Well I know that I'll get through this
'Cos i know that i'm strong
I don't need you anymore
I don't need you anymore
No, I don't need you anymore
I don't need you anymore

Essa música me lembra duas pessoas e um ano. Priscila, Patrícia e 1998.
Um conjunto de coisas na semana passada me fez lembrar muito dos anos de 1998 e 1999. A minha adolescência, se é que se pode chamar assim, se concentrou nesses dois anos. Como eu disse no post passado, não tive muito tempo pra ser adolescente, com a coisa de ter que trabalhar, e cuidar de casa, e correr atrás de uma formação no segundo grau que me permitisse trabalhar, e ser a esquisita com quem ninguém saía... aí, quando foi no final do segundo grau em 97, comecei a sair com duas irmãs que eram minhas vizinhas, a Priscila e a Patrícia – curiosamente, ambas cariocas, e uma delas voltou pro RJ. Foi aí que aquelas coisas todas que a maioria dos adolescentes faz – se encontrar na noite anterior e no dia seguinte ficar horas no telefone falando dos ocorridos, curtir boys band (eu fui meio na onda delas, que adoravam), combinar roupa pra sair, dançar passinhos ensaiados, uma chegar em carinha pra outra ficar (eu sempre era a cara de pau que chegava nos meninos pra elas...), essas besteiradas todas, não ocorreram dos meus 13, 14 aos 18, e sim dos 18 ao 20. Sei que foi meio atrasado, sei que já estava "meio adulta demais" pra várias coisas dessa época, mas foi legal. 2004 foi ótimo e 2005 tá sendo legal, mas até ano passado, 98 tinha sido o melhor ano da minha vida. Talvez fosse um ano que eu gostasse de viver de novo, se tivesse que escolher um pra voltar. Era época de não ter dinheiro e sair, às vezes, com um real no bolso, porque a mãe das meninas levava e buscava a gente, e o dinheiro era pra comer um cachorro quente na hora que a fome apertasse. Era época de ficar acompanhando o calendário de festas de padroeira e festas juninas da cidade (morávamos numa cidade pequenininha, era só isso que tinha por lá), e montarmos calendário a ponto de passarmos dois meses e meio sem ficar um só fim de semana em casa. Era época de falar por código – e tínhamos uns códigos MUITO engraçados -, achando que ninguém percebia o que queríamos dizer... ledo engano. Era época de procurar emprego, sem saber o que queríamos da vida ou o que seríamos dali a dez anos. Era época de achar que a amizade duraria pra sempre, que tudo sempre ia correr bem, que a vida inteira seríamos "As três mosqueteiras", como nos chamavam – e nós próprias nos intitulávamos. Era uma boa época. Não a trocaria pelo que estou vivendo hoje, mas foi uma época boa de ser vivida. Nessa foto, estamos a Pri, eu, a Pat e a Valéria (mãe delas, que de vez em quando saía com a gente). As camisas iguais são de uma idéia de jerico que nós tivemos, que acabou servindo mais pra gente dar risada e entrar de graça em show do que pra qualquer outra coisa, foi um fã clube maluco que montamos uma vez.
Mudando de saco pra mala, o Du e eu fomos no apartamento ver metragem das paredes e tals, acho que vamos gastar mesmo os dois galões de 18L. Talvez não tudo, mas melhor sobrar do que faltar. Preciso ver a questão do azulejo do banheiro também, estou pensando em rejuntar de novo pra tirar os môfos velhos, porque só X-14 não vai resolver. Fomos também na Tok & Stok ver o famigerado sofá. MARAVILHOSAMENTE MACIO. Vimos um de bambu também, uma gracinha, quase optamos por ele, mas a beleza dele, que é o encosto, ficaria escondida por almofadas, e reconsideramos. Ainda não sabemos bem o que vamos fazer, mas estamos pensando. A prioridade realmente é pintar, o resto a gente vê com calma.
Tomei algumas decisões quanto a trabalho no fim de semana. Me propuseram uma coisa sábado, quase topei, mas andei pensando muito e reconsiderando. Podem alegar que não quero crescer, que estão me oferecendo possibilidade de melhorar e não estou querendo, mas por mais burro que isso possa parecer, não quero abrir mão do que acho certo ou do meu jeito de ser pra seguir um caminho que querem me impôr. Pode parecer coisa boba, mas uma concessão aqui, outra ali, e daqui a pouco estarei sendo conivente com tudo que acho errado, como vejo os gerentes daqui fazerem. Não, prefiro continuar ganhando uma merreca, mas estar em paz comigo mesma.
Whatever... sei lá. Só sei que a partir do momento em que tomei essa decisão, fiquei muito mais calma.
Postado Por:
Laurelin Corsets às 8/29/2005 11:15:00 AM