E finalmente hoje eu cumpri a promessa que venho fazendo há umas duas ou três semanas: dei banho na Lúlis. Muitos miados, duas mordidas e quatro arranhões depois, ela tá devidamente banhada e despulgada. Estava com cinco pulgas, que morreram todas no banho. Agora é dar mais uma aspiradinha básica lá em casa, passar um paninho com pinho sol e voilá!!!! Podemos dar vermífugo pra bichinha que as pulgas não transmitirão novos vermes.
Ontem o Eduardo teve uma boa notícia no trabalho (apesar de ter ficado trabalhando até dez e cacetada da noite, tadinho) e estou feliz por ele. Boas notícias sempre são uma coisa boa. Acho que é por isso que não tenho ligado pra minha mãe, sei que dali raramente virão boas notícias... não sei se comentei, mas ela tá deprimida e às turras com minha tia de novo. Bom, ao menos o Bruno conseguiu um emprego legal, de carteira assinada, e tá ganhando metade do que eu ganho, e isso porque ele tá fazendo 17 agora em maio. Eu com 17 mal e mal ganhava a grana do ônibus pra ir pra aula, dando aula particular, vendendo chocolate, perfume, essas bagaçadas todas... Quando eu falo que não tenho saudade da minha adolescência...
É engraçado, minha infância teve muita coisa trash, principalmente dos 7 e meio, que foi quando eu comecei a notar que o casamento dos meus pais tava desgringolando, até os 11, que foi quando eu fui morar com minha mãe. Mas nem por isso eu acho minha infãncia pior que a adolescência. Teve MUITA coisa legal na minha infância, mesmo com todas as coisas ruins que rolaram, eu consigo me lembrar com saudades dessa época, mas da adolescência não. Hoje, com a perspectiva de um certo afastamento temporal, eu tenho pena daquela criatura magrela, não mais dentuça (à custa de três anos de aparelho), solitária pra caramba, feita de idiota por todo mundo, e que precisava desesperadamente de afeição e atenção. Credo. Sou muito mais eu hoje.
Acho que se pudesse encontrar comigo mesma há dez anos atrás a única coisa que eu diria é “calma que vai passar. Você não vai ser a vida toda assim”. Acho que seria mais fácil de agüentar se eu pudesse fazer isso. Aliás, andei pensando, qualquer hora vou escrever o que eu diria pra Vanessa de 10 e de 15 anos atrás...
Falando em escrever, tou pensando em colocar aqui em doses ligeiramente homeopáticas o conto que escrevi no Natal do ano passado. Não sei se vai ter público leitor, o que vocês que lêem o meu blog acham? Querem ler? São 6 páginas de Word, eu colocaria meia página por dia... aguardo as opiniões de vocês.
Ah, um texto MUITO legal que recebi na semana da comissão de ética da CEF:
Pequeno Conto Chinês Conta-se que, por volta do ano 250 A.C, na China antiga, um príncipe da região norte do país estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia se integrar ao grupo das pretendentes. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, o príncipe anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.
Seis meses haviam passado e, apesar de todo o seu cuidado, nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação, a moça comunicou a sua mãe que, independente das circunstâncias, retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada, estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Finalmente, chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a filha da serva do palácio como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente, o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
Autor desconhecido
Postado Por:
Laurelin Corsets às 4/19/2005 11:41:00 AM