A odisséia de uma cesta de café da manhã interestadual...
Então, como vocês sabem, dia 06/08 foi aniversário do Eduardo. E eu já tava, há um mês atrás, pensando no que daria pra ele de aniversário. Aí tinha pensado em mandar entregar uma cesta de café da manhã lá em casa – apesar de ele não tomar café da manhã – caso ele viesse. Só que não deu muito certo e a gente combinou que EU iria pra lá. Mas eu e as duas mentes maquiavélicas que trabalham comigo concluímos que o fato de eu ir pra lá não impediria dele receber a cesta. Eu já disse, mulher quando junta não presta.
Vocês devem se recordar que domingo retrasado eu fui assistir Garfield com a Gabi no Big Shopping. Aproveitei o hipermercado (hiper o caralho, não tem quase nada lá, mas inda é melhor que aqui na roça) que tem anexo ao shopping pra comprar as coisas que colocaria na cesta. Até aí tudo ótimo, comprei no cartãozinho de vale alimentação, comprei rangos gostosos, uma xícara, essas viadagens. Aí aqui na roça comprei o crepon e o celofane pra decorar. E combinei com o guri que trabalha comigo e cujo pai trabalha no Ceasa pra ele me trazer uma cesta de vime, bonitinha, e baratinha. Aí começaram meus problemas. No dia em que eu estava esperando a cesta, ele me chega com a notícia que naquela semana mesmo a moça da banca q o pai dele comprou da outra vez tinha fechado a banca. E a outra q vendia cestas de bambu, palha e vime só abria no sábado. E no sábado o pai dele não ia. Pensei "tá, tudo bem, eu compro aqui mesmo". Só que a única que achei por aqui foi uma furrequinha, de bambu, feia, rasa e cara. Tudo bem, não tem uma floricultura só na cidade... e começamos a procurar. Liga pra uma, nada. Liga pra outra, nada. Liga pra quem faz cesta, ou não tem, ou só tem uma, ou só compra qdo tem pedido de cesta. E lá ia eu, tristonha pela rua na segunda feira passada, qdo passando na frente da primeira floricultura com a Daniela comentei "é, vou ter que ficar com essa mesmo, já que não acho de outro tipo". Aí os céus se abriram e o dono da Floricultura, que estava do lado, me ouviu. E perguntou "Vc tá procurando cesta de vime?" Eu: "é, mas não tou achando em lugar nenhum, preciso dela pra quinta feira e não vou ter tempo de ir a Contagem ou BH." Ele: "Mas a menina q fica aqui de dia não te mostrou a foto das outras?" Eu tive vontade esganar a "menina que fica aqui de dia." O resultado: ele podia buscar cesta de vime pra mim, me entregaria no máximo quarta feira. No fim das contas me ligou na terça mesmo, q tinha buscado, e fui lá pegar com ele à noite. Cinquenta mil sensações de alívio, como podem imaginar.
Decorei a cesta com crepon e celofane (detalhe, não tentem decorar uma cesta com uma gata achando bonitinho o papel e querendo brincar com ele.). Coloquei as coisas que tinha comprado na cesta, não sem antes comer alguns dos biscoitos de cada pacote) e quase a metade dos morangos. (não ia caber se eu colocasse tudo... mesmo porque eu abri os pacotes e coloquei em saquinhos plásticos amarrados com fitinha de cetim vermelha). E aí, com a cesta montada, eu vi o peso que tinha ficado a bichinha. E chorei com o chefinho pra me dar uma carona pra BH, porque eu tava vendo que nheca que ia ser eu pegar ônibus com bolsa, mala e aquele trambolho. Consegui a carona, ele me deixou no ponto de bus perto da casa dele, eu peguei o bus, fiquei quase na frente da rodoviária e ainda economizei 2,20 de passagem (pobre é foda.). Mofei três horas na rodoviária, li horrores, comi fandangos horrores, bebi pepsi twist horrores, aí minha mãe me ligou no celular e pediu pra eu ligar a cobrar pra ela pq ela tava afim de bater papo. Quase uma hora de telefone, e fila se formando no telefone – eu automaticamente virava as costas, a pessoa via que era "chamada a cobrar" e ia pra outro telefone. Prático pra caramba. Aí fui pro buzão. Descer a escada pra plataforma com a cesta foi lindo, eu morrendo de medo de cair. E a cesta pesava uns quatro a cinco quilos, detalhe.
Entrei no ônibus, dei a incomensurável sorte de não ter ninguém na poltrona do lado, senão eu ia me lascar, porque tive que colocar a cesta no chão e não ia poder esticar as pernas. O pior foi bolar uma estratégia pra cesta não criar perninhas e sair passeando pelo ônibus a cada curva – e quem já viajou BH-RIO sabe que o que mais tem na porra da estrada é curva. Como eu tive a brilhantíssima idéia de colocar a cesta numa sacola gigante (Valeu, Viabrasil!), aquilo foi minha salvação. Amarrei as alças da cesta na cordinha da cortina do buzu e dormi em paz a viagem inteira. Chegando no Rio, desamarrei a bendita, tirei o plástico bolha que envolvia a xícara, catei a sacola e vamo embora. Chegando na casa do Eduardo, finalmente abrimos a bendita da cesta. Ele só não mudou mais de cor porque acho que não tinha mais sangue pra chegar no rosto. Ele ficou púrpura, todo sem graça, foi tão bonitinho!!! ^^
Resumindo o final de semana: comilança das coisas da cesta, filminhos no computador, mosquemom na casa do Fingolfin (um filme do Bruce Lee que me matou de rir e um com a Kathy Bates que me matou de medo) e depois fomos Dani, Lucas, Tomás, Marina, Du e eu ver o tal do Fahrenheit 9/11, o filme do Michael Moore sobre o Bush, 11/09, Iraque e etcéteras. CACETE. O filme é bom pra caramba, recomendo. Vc sai do cinema até meio bobo. Muito bom mesmo.
Chegamos em casa, comemos mais ainda, vimos Excalibur, dormimos, acordamos, vimos Piratas do Caribe, uns desenhos da Liga da Justiça, depois vimos Cantando na Chuva (aquele filme é lindo... :grinlove:) e ficamos nos enrolando até dar a hora de eu ir...
Ah, pra vcs rirem um pouquinho da minha cara... Dei uma de Vivian em "Uma Linda Mulher" naquela hora do jantar do Edward com os acionistas. A minha sogrinha fez um almoço comemorativo às duas partidas de tênis que o Guilherme ganhou no sábado (pra não dizer que era em comemoração ao aniversário do doceiro do meu namorado) e hora que eu vi a mesa, pensei "isso não vai prestar". Dois garfos, duas facas e três taças, e baldinho de vinho e etcétera e tal. Só falei com o Du: me vigia pra eu não fazer cagada pq eu não sei me comportar com mesa mais elaborada. Ele disse pra eu nem ligar – e na verdade foi o que eu fiz, mas não nego que senti um pouquinho de receio de fazer cagada. Poxa, não me envergonho nem um pouquinho de assumir que eu não sou chique, não me dou bem com coisas mais elaboradas e, de acordo com o Lucas, não sei beber vinho. Nada me impede de aprender (não a questão do vinho, porque realmente não gosto de vinho seco) mas que foi engraçado foi.
Deixa eu ver o quê mais... a Lúthien crescendo (e fazendo cocô... ai deus...), eu numa preguiça fenomenal... amanhã vou bater perna na agência Betim pra aprender um negócio chatíssimo... pensando em conversar com meu locador pra ele baixar meu aluguel, pq contando com água e luz tá meio abusivo pro canto onde eu moro... vamos ver.
E que chegue logo dia 20 porque meu dinheiro já acabou, e o mês ainda continua... (ô novidade...)
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Laurelin Corsets às 8/09/2004 03:23:00 PM