}i{ Blog da Ilyria }i{

30.8.04


Agora sim, minha casa tá parecendo casa de gente. Já posso receber visita.
A geladeira continua vazia, mas já tenho mesa na cozinha, 4 tamboretes e uma mesa pro meu PC, com direito a gaveta, suporte pra Scanner (que eu não tenho, então foi substituído por alguns livros) e impressora (que eu também não tenho e foi substituída por um porta retrato e futuramente por um Neko-chan, que agora, que tenho lugar pra colocar, aceito o presente de quem se ofereceu pra me dar um! Isso nem foi uma indireta né?).
Obviamente a mesa e as cadeirinhas já viraram playground da Lúthien, que tá deliciada em subir por um tamborete e descer pelo outro, e pular nas pernas da mesa... a mesa é daquelas quadradinhas, de metal, estilo de buteco ( a Clau falou que eu devia pintar o logotipo de alguma cerveja pra ficar com mais cara de bar, mas eu desisti da idéia). Apanhei pra montar a mesa do PC, acho que deveria ter chamado alguém pra montar, porque os parafusos não ficaram firmes o suficiente, mas não tava disposta a pagar R$ 10,00 ou mais pro cara montar algo que me custou apenas duas horas (e a mão doendo de onde a chave de fenda se apoiou, e uma chave phillips que espanou e vou ter que comprar outra, e dois roxos na perna de onde uma das tábuas bateu).
Ah, comprei um abajur também... agora não tem mais essa de dormir em cima do livro com a luz acesa, é só virar pro lado e apagar o bichinho. Também comprei comida pra Lúthien e areia sanitária, vamos ver se ela se acostuma. Comprei envelopes, uma saia branca e uma bolsa social. A bota ficou pra próxima, quem sabe me animo a ir a BH essa semana olhar isso?
Ah, preciso contar pra vocês da experiência antropológica que fiz na sexta feira. No último post comentei do tal “Senegal”, o divertimento dos esmeraldenses né? Pois então. Na sexta saí com o pessoal aqui do banco pra comermos traíra sem espinho e tomar cerveja. Voltando do barzinho, o Wagner, que tinha dado carona pra Lu, Dani e eu, nos deixou na praça e a Lu falou que queria achar onde tinha o tal Senegal de sexta. Demos umas voltas (eu tava com preguiça de voltar pra casa e responder carta) e achamos o tal senegal. Já tinham me falado que o caminhão tava caindo aos pedaços, mas eu não imaginava que era tanto! As caixas de som (identicamente caquéticas) são amarradas com uma corda de bacalhau e o DJ é um gordo imenso, chamado “DJ Bibinha”. E uma maloqueirada danada... e toca funk, e axé, e funk de novo, e axé de novo, e raramente um pouco de techno. A Dani não foi, estávamos eu e a Lu, e eu pensando “onde é que eu vim parar?” quando aparece a Mônia, colega da Lu (sim, é Mônia, não Mônica.). Fomos em casa pra eu botar um tênis e voltamos. As meninas dançando e eu de suporte da garrafa de vinho, e olhando pro povo, cada vez mais surpresa com a tosquice daquilo. De repente um bêbado encarna na gente, e começa a dançar se esbarrando. Agüentamos enquanto pudemos, mas tava meio demais. E eu, com toda a minha (inexistente) diplomacia, pedi educadamente pro cara dançar longe. Ele não atendeu o pedido, aí eu soltei os cachorros. Só que de repente ele encarnou mais ainda e resolveu que ia bater na gente (duvido que conseguisse, mas acaba atemorizando...). E resolvemos dar um “perdido”, como disseram as meninas, no cara. E descemos a rua meio correndo, só que de repente, não sei se tropecei em alguma coisa ou nos meus próprios pés, caploft! Cai a Vanessa de bunda no chão, com direito a perna pra cima e tudo mais. Foi lindo. Quase ninguém viu, levantei e dei no pé. Tou com a bunda doendo – e roxa – até hoje. Pouco depois daquilo eu decidi que não ia mais me submeter àquele nível de tosquice e resolvi voltar pra casa. Fiquei calmamente lendo e comendo biscoito até dar sono.
Sábado levantei nove e pouca, arrumei casa e de tarde fui pra casa da Bel. De tardinha fomos no Extra pra eu comprar minhas coisas, e íamos sair pra comer peixe mais tarde, só que fui acometida duma dor de cabeça tão absurda que tava me dando náusea. Tomei um remédio e deitei até passar, e isso já era quase onze da noite. Aí eu e a Bel combinamos de ela me trazer aqui em Esmerroça, por causa da tranqueirada que eu tinha comprado. Quando foi 11:15 da manhã de domingo saímos de BH, 12:15 estávamos aqui, coisas arrumadas, e 13:00 ela foi embora. Aí fui arrumar minhas bagunças, montar a mesa, escrever cartas pra estrear a mesa nova, ler pra estrear o abajur novo, e dormir.
E assim se passou meu fim de semana.


Postado Por: Laurelin Corsets às 8/30/2004 11:29:00 AM






27.8.04


Eu nem ia postar nada mais essa semana, mas ontem descobri mais dois pontos positivos da cidade de Esmeraldas, e como falo mal o tempo todo daqui, seria no mínimo justo que eu comentasse as coisas boas né?
1 – descobri uma sorveteria ótima. Claro que não é bufê de sorvetes como a Polar, com trezentas mil coberturas. É cascão e casquinha, o básico, nem fazem sundae nem nada, mas além de limpinha (a máquina de sorvete fica à vista, e eles fazem o sorvete ali, tipo, é OBRIGATÓRIO ser limpo senão ninguém compra lá) o sorvete é bem cremoso. Não gostei muito do de flocos mas os outros são ótimos, o de chocolate é super cremoso e tem um de salada de frutas, com frutas cristalizadas, que faz lembrar um que eu tomava há uns 15 anos atrás, quando morava em Oliveira e saía do catecismo pra ir pra sorveteria todo sábado...
2 – fiz ficha na biblioteca ontem, tava sem nada pra ler. Não tava esperando grandes coisas (e realmente ela é pequenininha) mas fiquei agradavelmente surpresa ao ver "Pearl Buck" nas aquisições recentes e uma prateleira INTEIRA de Robin Cook... com UM MONTE de livros dele que eu ainda não li! Já peguei dois (Cura Fatal e Cego), já li o primeiro ontem (é tenso pra burro, a cada barulhinho que fazia eu pulava na cama) e tou devorando o segundo... ao menos algo de razoável esse lugar tinha que ter. Ah, e tem A história do Ladrão de Corpos, da Anne Rice, que eu não tinha achado nas bibliotecas nem da UEPG nem Municipal de PG. Ponto pra Esmerroça.
Eu escrevi um textinho básico, "Estudo Científico sobre Esmeraldenses", dêem uma lida. E TT1, depois de ler isso, tem certeza de que vc ainda quer conhecer Esmerroça?

Estudo científico sobre Esmeraldenses
1 – Definição científica
Subespécie da raça humana, conhecido pelo nome científico de Matutus ruralis.
Quando sai do habitat natural e consegue evoluir, só chega a algum grau alto de evolução quando tem muita força de vontade. A maioria deles nunca se afasta muito do habitat natural, passando quando muito à espécie Perifericus capitalis miineirus. Um exemplo de Matutus Ruralis que evoluiu bastante é o desenhista Nani.
2- Habitat
Encontrado habitualmente numa região a 60km da capital mineira, Belo Horizonte. Região cercada de fazendas e sítios de fim de semana, sem condições de avanço econômico, de clara caracteristica de curral eleitoral e dominada pelos poucos poderosos. Seu habitat se estrutura em torno de uma praça central, com igreja, prefeitura, fórum e mercado. Mais informações sobre o Habitat dos esmeraldenses pode ser encontrado em
www.eccehomotoscus.blogspot.com, num estudo que o eminente analista de comunidades atrasadas E. C. M. Pinho fez sobre esta área.
3– Hábitos alimentares
Como qualquer bom mineiro, a dieta básica do Esmeraldense se estrutura em carne de porco, boi, angu (uma pasta de fubá e água) e verdura de folha. Não tem por hábito consumir produtos menos comuns, vide a dificuldade em se achar molho shoyu e biscoitos como chocooky nos supermercados da cidade.
4– Características gerais
*O esmeraldense é extremamente pessimista. Detesta a cidade, sabe que a cidade não cresce e não deixa o povo crescer, mas não bota fé em sair dela nem em quem afirma que vai sair e melhorar. O sonho do esmeraldense é "ir morar em Contagem", mas raros fazem algo pra conseguir.
*Esmeraldenses, quando morrem, precisam de um caixão pro corpo e um pra língua. Falam mal de tudo e de todos. E especificamente as pessoas que avisam você que o povo é assim, são as que mais falam.
*A Igreja é a força motriz do Esmeraldense. Talvez por não haver mais nenhuma atividade na cidade, as pessoas se refugiam nas atividades promovidas pela igreja. Ou seja, beatice impera. E certas mães, ciosas de suas filhinhas desprotegidas, acham que uma amiga do trabalho irá desencaminhá-las, porque não vai na igreja, namora mas não pensa em casar, e hospeda o namorado em casa, quando este vem visitá-la. Ou seja, é uma péssima influência.
*O divertimento básico do esmeraldense fora de época de eleição, em que os comícios pululam pela cidade, é o "Senegal", um trio elétrico caindo aos pedaços, que praticamente domingo sim domingo não, fecha uma rua (obviamente perto de algum bar) e fica tocando axé, sertanejo e dance e incomodando a vizinhança.
*O esmeraldense típico, parado no tempo, não tem por hábito acessar a internet. Só tem um provedor com número local para acesso, e provedores grátis nem pensar. E não tem net banda larga também. Quando vc fala de instant messengers, por exemplo msn e icq, eles perguntam pra vc como é que faz pra conversar nesses programas, se vc fala e a pessoa fala com vc igual no telefone.
*Esmeraldense não anda na calçada, anda no meio da rua. Os carros, bicicletas e cavalos que se desviem.



Postado Por: Laurelin Corsets às 8/27/2004 10:30:00 AM






23.8.04


Então... essa semana tem algumas novidades, vamos por partes como o esquartejador.
1 – Ontem fui assistir "Olga" com o Du. Tava doida pra ver esse filme, porque li o livro e gostei bastante, me emocionei pra caramba (vulgo abri a torneira, pra variar), e fiquei muito curiosa pra ver o filme. Tinha visto o trailer e achado interessante, aí ontem saímos mais cedo de Esmerroça, fomos pro Shopping Cidade e vimos o filme. Apreciação crítica sobre alguns detalhes:
* A Camila Morgado ficou fisicamente bem parecida com a Olga, e um dos pequenos detalhes que eu achei bem interessante foi a semelhança do penteado e das roupas, em especial na cena em que ela declara que tá grávida e etcéteras, tem as fotos no livro e ficou bem parecida. Olha só:
Olga de verdade: http://www.ravensbrueckblaetter.de/archiv/115/s13.jpg
Olga do filme: http://ofuxico.uol.com.br/images/noticias/34958900_1064524697.jpg
Achei bem parecida com a foto a menina que acharam pra fazer a Anita Leocádia, também.
*O filme pecou por correr demais no começo, no envolvimento dela com o partido comunista, o Otto Braun, a ida dela pra Moscou... eu sei que não dá pra contar tudo, mas pra quem não conhece nada da história dela ficou meio perdido.
*Exageraram, romancearam, novelizaram demais o início do relacionamento dela com o Prestes. Tá, eu sei, pode ter sido assim, mas precisava de tanto drama, de mostar eles na cama tantas vezes?
*As cenas dela depois que é presa ficaram muito boas, a gravidez, o parto da Anita, o desespero dela quando tiram a Anita -sim, eu chorei cântaros nessa hora. E fiquei pensando em quantas outras mães judias não sofreram isso também. A gente pensa na Olga, porque ela é personagem dos nossos livros de história, mas o simples fato de já haver uma legislação na prisão alemã que separava as mães dos filhos aos 06 meses faz concluir que era uma coisa um tanto quanto comum.
*Achei interessantíssimo o fato de narrarem literalmente as cartas dela pra Anita, Prestes, Dona Leocádia e Lígia. Constam todas no livro.
*A narração do tempo dela na prisão foi interessante, mas faltou uma coisa que me tocou muuuito quando eu li. Quando ela descobre que tá grávida, além da prisão inteira se mobilizar pra fazer enxoval pra Anita, as presas e presos que tinham família que mandava coisas começaram a pedir comida pra darem pra Olga, pra ela não ficar desnutrida na gravidez.
*O Osmar Prado tava legal como Getúlio, ao menos lembraram de colocar um sotaque gaúcho nele.
*Apreciação geral: nota 8,5. Poderia ter sido melhor, mas já tá muito bom. Levando-se em conta o que era o cinema nacional há 10, 15 anos e hoje...

2 – Tou de gerente novo no banco. Acho que tinha comentado que o meu gerente ia ser transferido e vinha um de Viçosa pra cá. O caboclo chegou hoje. Aparentemente simpático, sorridente, calmo... fisicamente me faz lembrar meu tio Paulo, com a diferença que é branquiiiiiiiiiinho. O nome dele é Ronan, deve ter entre uns 35 e 40 anos. Tomara que dê certo. E vou relembrar ao ex-futuro-chefe pra informá-lo da minha "emendação" no dia 06/09. Aliás, comprei a passagem da volta ontem. Ô duas semanas que vão custar... inda mais porque vou passar 4 dias lá...

3 – Quase fui assaltada ontem!!! Relato do caso (igual mandei na MP pro Du, tou com preguiça de escrever de novo): Saindo da rodoviária, atravessei a rua e fui pra frente da Drogaria Araújo (minha sorte). Quase na frente da farmácia, um cara chega e segura meu braço "fica quietinha e passa o $". Eu disse q não ia passar coisa nenhuma e fui pra perto dos motoboys da Araújo - que não se mexeram. Aí o carinha disse que não tinha medo de homem e q ia me fazer passar o $ de qualquer maneira. Os motoboys meio que se mexeram do lugar, ele me largou e eu entrei dentro da farmácia e falei com ele: "Vai entrar aqui, me assaltar aqui dentro que tem segurança?" Ele: "Você não vai morar aí dentro..." E ficou andando na frente da farmácia. Eu liguei pra Bel pra ela ir me buscar, q tava receosa até de sair pra procurar um Táxi, mas na hora q tava no tel com ela, um taxi deixou passageiro bem na frente da Araújo e um dos seguranças me levou no Táxi. Fiquei tão indignada... não trabalho pra dar meu dinheiro pra vagabundo, oras!
Bom, fico por aqui, alguém tem que trabalhar nesse país e eu já enrolei demais.
Beijoks.


Postado Por: Laurelin Corsets às 8/23/2004 10:51:00 AM






16.8.04



ASSASSINATO!
EXTRA! EXTRA! POBRE COITADA EXILADA NO FIM DO MUNDO MATA SAUDADE DA MÃE QUE NÃO VIA HÁ QUATRO MESES!!!

É, isso mesmo. Consegui ver minha mãe esse fim de semana. Na quinta feira ela me liga, de manhã cedo, perguntando se eu queria vê-la no domingo. Lógico, óbvio e evidente que fiquei perdida e não entendi nada. Eu sabia que meu tio estava vindo pra MG, mas era pra ele estar aqui dia 12, e foi justo no dia 12 que ela ligou. A explicação foi a seguinte: meu tio SAIU de PG dia 12 e foi pra Aparecida e Taubaté. Minha mãe saiu de Cascavel com o Avelino (meu padrasto, pra quem não sabe) na sexta à tarde, chegaria em Taubaté no sábado de manhã e daí eles viriam pra MG, porque ele tinha que trazer o Padre José ou no médico ou pra passar férias sei lá. A questão é que sábado de tarde lá estou eu, lépida e fagueira, indo pra BH pra encontrar com minha mãe, mas não sem alguns percalços antes.
Na quinta, quando ela me liga, chorei que nem criança. Aí de noite chegou carta dela com as fotos do casamento (ela tava LINDA) e ao ver a foto da nossa família com os noivos chorei mais uma meia hora. Aí li a carta dela, idem. De manhã comecei a responder a carta, chorei até cansar. De noite chorei mais um taaaaaaaaanto... sério, fiquei até com medo de desidratar e ficar parecendo uma uva passa quando fosse encontrar com ela!!!
No sábado, sem choradeira, arrumei a casa, entupi as vasilhas da Lúthien de comida, esperei minha mãe ligar avisando que hora era pra encontrar com eles em BH, o que ficou acertado pras 18:00, na rodoviária. Fui tomar banho pra pegar o bus, quando era 15:30 a Vanessa já tava no ponto esperando buzu, que em tese passaria 15:45. Quando era 16:33 eu consegui pegar o direto Esmerroça-BH, já que o que ia pra Contagem ainda não tinha passado. Mal entrei no ônibus, meu celular toca... minha mãe avisando que eles tinham adiantado e já estavam em BH. O tempo naquele buzu não passava. A muito custo, cheguei em BH. Já na entradinha da rodoviária, enxerguei meu tio. Também, um homem de 1,85 de batina preta, como não enxergar... dei uma carreira danada até alcançar minha mãe e a abracei como NUNCA tinha abraçado. Sabe saudade acumulada? De quatro meses? Da mãe? Pois é, matei. O engraçado é que não chorei, em momento algum. Acho que já tinha chorado tudo que tinha pra chorar.
Fomos entregar o Padre José onde ele ia ficar e fomos pra Mariana. O resto do fim de semana se passou em família, bagunça (o Avelino é divertido) e eu xingando minha mãe pra ela ter paciência com ele, que é um homem muito bom, e minha mãe enchendo o saco por picuinha. O mais interessante é que ela SABE disso, sabe que tá abusando, sabe que tá brigando à toa, mas não melhora. Vou encher a paciência dela até ela melhorar.
Deixa eu ver que mais... ah, Esmerroça tá até parecendo cidade grande. Assaltaram o Banco do Brasil sexta feira, levaram o dinheiro todo, e pra completar, pra conseguirem entrar no banco, sequestraram uma funcionária na casa dela!!! (deu medo depois disso. Tenho MESMO que ir embora pra Contagem...)
Ah, uma BOMBA que recebemos aqui no banco agora de manhã. Meu gerente mosca-morta-mas-gente-boa-pra-cacete vai ser transferido pra uma agência de Betim e vem um cara de Viçosa vem pra cá ser gerente. Tomara que não seja um cara MUITO crica ou que pressione muito pra vender, porque se for eu tou fudida. E o caixa vai cuspir marimbondo, porque ele sempre achou que se o Gerente saísse, ele que seria promovido. Ah, e pra minha alegria e satisfação, ele comentou comigo que depois que deu os 2 anos dele, ele teve que chorar mais 3 pra conseguir ser transferido - pruma cidade do lado. Já vi que o lance é terminar faculdade e fazer outro concurso pro Rio. Mas... quando chegar a hora eu me estresso com isso.
Só espero que isso não afete minha folga de 06/09 – bom, se afetar eu falto. Foda-se. Passagem já tá comprada mesmo...
Life´s a Shit.


Postado Por: Laurelin Corsets às 8/16/2004 01:07:00 PM






9.8.04


A odisséia de uma cesta de café da manhã interestadual...

Então, como vocês sabem, dia 06/08 foi aniversário do Eduardo. E eu já tava, há um mês atrás, pensando no que daria pra ele de aniversário. Aí tinha pensado em mandar entregar uma cesta de café da manhã lá em casa – apesar de ele não tomar café da manhã – caso ele viesse. Só que não deu muito certo e a gente combinou que EU iria pra lá. Mas eu e as duas mentes maquiavélicas que trabalham comigo concluímos que o fato de eu ir pra lá não impediria dele receber a cesta. Eu já disse, mulher quando junta não presta.
Vocês devem se recordar que domingo retrasado eu fui assistir Garfield com a Gabi no Big Shopping. Aproveitei o hipermercado (hiper o caralho, não tem quase nada lá, mas inda é melhor que aqui na roça) que tem anexo ao shopping pra comprar as coisas que colocaria na cesta. Até aí tudo ótimo, comprei no cartãozinho de vale alimentação, comprei rangos gostosos, uma xícara, essas viadagens. Aí aqui na roça comprei o crepon e o celofane pra decorar. E combinei com o guri que trabalha comigo e cujo pai trabalha no Ceasa pra ele me trazer uma cesta de vime, bonitinha, e baratinha. Aí começaram meus problemas. No dia em que eu estava esperando a cesta, ele me chega com a notícia que naquela semana mesmo a moça da banca q o pai dele comprou da outra vez tinha fechado a banca. E a outra q vendia cestas de bambu, palha e vime só abria no sábado. E no sábado o pai dele não ia. Pensei "tá, tudo bem, eu compro aqui mesmo". Só que a única que achei por aqui foi uma furrequinha, de bambu, feia, rasa e cara. Tudo bem, não tem uma floricultura só na cidade... e começamos a procurar. Liga pra uma, nada. Liga pra outra, nada. Liga pra quem faz cesta, ou não tem, ou só tem uma, ou só compra qdo tem pedido de cesta. E lá ia eu, tristonha pela rua na segunda feira passada, qdo passando na frente da primeira floricultura com a Daniela comentei "é, vou ter que ficar com essa mesmo, já que não acho de outro tipo". Aí os céus se abriram e o dono da Floricultura, que estava do lado, me ouviu. E perguntou "Vc tá procurando cesta de vime?" Eu: "é, mas não tou achando em lugar nenhum, preciso dela pra quinta feira e não vou ter tempo de ir a Contagem ou BH." Ele: "Mas a menina q fica aqui de dia não te mostrou a foto das outras?" Eu tive vontade esganar a "menina que fica aqui de dia." O resultado: ele podia buscar cesta de vime pra mim, me entregaria no máximo quarta feira. No fim das contas me ligou na terça mesmo, q tinha buscado, e fui lá pegar com ele à noite. Cinquenta mil sensações de alívio, como podem imaginar.
Decorei a cesta com crepon e celofane (detalhe, não tentem decorar uma cesta com uma gata achando bonitinho o papel e querendo brincar com ele.). Coloquei as coisas que tinha comprado na cesta, não sem antes comer alguns dos biscoitos de cada pacote) e quase a metade dos morangos. (não ia caber se eu colocasse tudo... mesmo porque eu abri os pacotes e coloquei em saquinhos plásticos amarrados com fitinha de cetim vermelha). E aí, com a cesta montada, eu vi o peso que tinha ficado a bichinha. E chorei com o chefinho pra me dar uma carona pra BH, porque eu tava vendo que nheca que ia ser eu pegar ônibus com bolsa, mala e aquele trambolho. Consegui a carona, ele me deixou no ponto de bus perto da casa dele, eu peguei o bus, fiquei quase na frente da rodoviária e ainda economizei 2,20 de passagem (pobre é foda.). Mofei três horas na rodoviária, li horrores, comi fandangos horrores, bebi pepsi twist horrores, aí minha mãe me ligou no celular e pediu pra eu ligar a cobrar pra ela pq ela tava afim de bater papo. Quase uma hora de telefone, e fila se formando no telefone – eu automaticamente virava as costas, a pessoa via que era "chamada a cobrar" e ia pra outro telefone. Prático pra caramba. Aí fui pro buzão. Descer a escada pra plataforma com a cesta foi lindo, eu morrendo de medo de cair. E a cesta pesava uns quatro a cinco quilos, detalhe.
Entrei no ônibus, dei a incomensurável sorte de não ter ninguém na poltrona do lado, senão eu ia me lascar, porque tive que colocar a cesta no chão e não ia poder esticar as pernas. O pior foi bolar uma estratégia pra cesta não criar perninhas e sair passeando pelo ônibus a cada curva – e quem já viajou BH-RIO sabe que o que mais tem na porra da estrada é curva. Como eu tive a brilhantíssima idéia de colocar a cesta numa sacola gigante (Valeu, Viabrasil!), aquilo foi minha salvação. Amarrei as alças da cesta na cordinha da cortina do buzu e dormi em paz a viagem inteira. Chegando no Rio, desamarrei a bendita, tirei o plástico bolha que envolvia a xícara, catei a sacola e vamo embora. Chegando na casa do Eduardo, finalmente abrimos a bendita da cesta. Ele só não mudou mais de cor porque acho que não tinha mais sangue pra chegar no rosto. Ele ficou púrpura, todo sem graça, foi tão bonitinho!!! ^^
Resumindo o final de semana: comilança das coisas da cesta, filminhos no computador, mosquemom na casa do Fingolfin (um filme do Bruce Lee que me matou de rir e um com a Kathy Bates que me matou de medo) e depois fomos Dani, Lucas, Tomás, Marina, Du e eu ver o tal do Fahrenheit 9/11, o filme do Michael Moore sobre o Bush, 11/09, Iraque e etcéteras. CACETE. O filme é bom pra caramba, recomendo. Vc sai do cinema até meio bobo. Muito bom mesmo.
Chegamos em casa, comemos mais ainda, vimos Excalibur, dormimos, acordamos, vimos Piratas do Caribe, uns desenhos da Liga da Justiça, depois vimos Cantando na Chuva (aquele filme é lindo... :grinlove:) e ficamos nos enrolando até dar a hora de eu ir...
Ah, pra vcs rirem um pouquinho da minha cara... Dei uma de Vivian em "Uma Linda Mulher" naquela hora do jantar do Edward com os acionistas. A minha sogrinha fez um almoço comemorativo às duas partidas de tênis que o Guilherme ganhou no sábado (pra não dizer que era em comemoração ao aniversário do doceiro do meu namorado) e hora que eu vi a mesa, pensei "isso não vai prestar". Dois garfos, duas facas e três taças, e baldinho de vinho e etcétera e tal. Só falei com o Du: me vigia pra eu não fazer cagada pq eu não sei me comportar com mesa mais elaborada. Ele disse pra eu nem ligar – e na verdade foi o que eu fiz, mas não nego que senti um pouquinho de receio de fazer cagada. Poxa, não me envergonho nem um pouquinho de assumir que eu não sou chique, não me dou bem com coisas mais elaboradas e, de acordo com o Lucas, não sei beber vinho. Nada me impede de aprender (não a questão do vinho, porque realmente não gosto de vinho seco) mas que foi engraçado foi.
Deixa eu ver o quê mais... a Lúthien crescendo (e fazendo cocô... ai deus...), eu numa preguiça fenomenal... amanhã vou bater perna na agência Betim pra aprender um negócio chatíssimo... pensando em conversar com meu locador pra ele baixar meu aluguel, pq contando com água e luz tá meio abusivo pro canto onde eu moro... vamos ver.
E que chegue logo dia 20 porque meu dinheiro já acabou, e o mês ainda continua... (ô novidade...)


Postado Por: Laurelin Corsets às 8/09/2004 03:23:00 PM






4.8.04


SÓ DANDO RISADA MESMO!!!
Teve uma vez que eu fiquei curiosa, quando recebi do nada um cartão de crédito da minha conta do Unibanco, sem eu pedir nem nada. Achei que trabalhando na Caixa eu desvendaria esse mistério, de como essas coisas aconteciam, quem solicitava o cartão, essas coisas assim. Eu acho, vejam bem, acho, que é quando a pessoa apresenta um saldo médio decente na conta. A minha do Unibanco era assim porque era depositado o $ da comissão de formatura, e a daqui apresenta um saldo legal entre o dia 20, que eu recebo, e o dia 5, que eu já terminei de gastar o dinheiro. Mas nada me havia preparado para a ligação que eu recebi hoje.
Estava eu alegre, feliz e satisfeita (mentira, tava no atendimento e louca pra voltar pro meu cantinho no fundo da agência, sem ver pessoas) abrindo uma conta, quando o telefone toca e pedem pra falar comigo.
Transcrição resumida do diálogo. Comentários meus, que não entraram no diálogo, em itálico. Diga-se de passagem que eu O-D-E-I-O telemarketing e não sei ser educada com essas criaturas. É patológico.
- Alô, senhora Vanessa?
- Pois não.
- Senhora Vanessa, aqui é Carla, da Caixa Fidelização, estou ligando para informá-la de que a senhora foi pré aprovada, numa campanha da agência onde a senhora tem conta (aí ela falou o nome da agência onde eu trabalho) , para receber imediatamente um cartão de crédito Visa com a primeira anuidade com desconto de 50%, dividida em três vezes. Gostaríamos de confirmar seu nome, CPF e endereço para envio do cartão e...
- Só um esclarecimento, Carla. Eu sou funcionária da Caixa, trabalho nesta agência onde tenho conta e sou eu a responsável pelas análises no Siric (sistema de risco de crédito da Caixa) de propostas de cartão de crédito, e que me conste, eu não solicitei cartão nenhum pra mim. Poderia me esclarecer quem é que solicitou?
- (silêncio de quase 20 segundos e ela fala toda sem jeito) Er... a sra. foi pré selecionada na campanha da agência para receber o cartão.
- Mas quem solicitou o cartão pra mim? O meu gerente? Porque eu não fiz análise alguma da minha ficha (mesmo porque o sistema bloqueia auto-análises, eu teria que usar a senha do gerente, que eu não sei).
- É da campanha da agência, Sra. Vanessa. (aí ela perdeu a paciência). Gostaria de saber se a senhora deseja ou não adquirir o cartão. Ressalto que como a Sra. é economiária, não paga anuidade (sim, tem isso. Pensei nisso, e pensei numa câmera digital que eu vi na americanas.com outro dia, que dá pra fazer em 12x no cartão e resolvi ficar. Se eu não usar não pago nada mesmo...)
- Sim, vou ficar, pode confirmar.
E essa é a história de como a Vanessa adquiriu um Visa sem desvendar o mistério dos cartões enviados sem solicitação. Ao menos a Caixa ainda teve a decência de me perguntar se eu queria, não só mandar do nada, como fez o Unibanco. É mole ou quer mais?
Bom, que mais de novidades... tava no Rio esse fim de semana, fui na casa da Tanta e no aniversário do Lucas (deus do céu, que bolo de chocolate MARAVILHOSO que era aquele!). Foi bem divertido, vi um mooonte de gente, inclusive pessoas que não via há muito tempo, como a Ágata, e conheci a Amanda. Já tava com vontade de conhecê-la, e depois de uma carta dela que recebi na sexta mesmo, bem no dia de viajar, que me deu maaaaaaaaais vontade ainda conhecer. E conheci. E ela é um amor!!!
Ainda no Rio, assisti 3 filmes com o Du. Tommy, um musical (é, musical. Ele tá tentando me fazer gostar) do The Who com criaturas como Eric Clapton, Tina Turner, Elton John... Assistimos também Forrest Gump e Laranja Mecânica. PUTA-QUE-PARIU-AQUELE-FILME-É-PIRANTE!!!! Sério, é muita loucura... o pior é vc ver que no finalzinho o antigo Alex tá voltando.. ou se não por que é que ele estaria aguentando ouvir música com o ministro?
Falando em filmes, domingo retrasado fui mesmo assistir Garfield com a Gabi. Cara, cada vez que eu vejo aquela guria ela tá maior. Aí no fim das contas ela acabou me ajudando a comprar umas coisas pro projeto "niver da Divindade (a surpresa que tou preparando pro Du)" e eu fui pra casa dela. Quando meu irmão veio me cobrar "ah, vc não dá notícia, não liga" eu cortei na hora: " Vcs tbm podiam ter ligado, Tão sabendo que eu voltei porque eu avisei a Gabi e ela tem meu telefone, era só pegar com ela". Garanto que agora não me falam mais nada. Não vão me fazer me sentir culpada, sendo que eles são os maiores culpados, por terem me abandonado a vida toda e de repente terem achado bonitinho uma irmã que aparece do nada no enterro do pai. Comigo não, violão.
Ah, a bomba da semana – ou do mês, ou do ano, o que for. Sei que quase não dormi essa noite. Dia 4 é o dia que a Telemar libera o valor da conta de telefone, independente de você ter recebido a conta impressa ou não. Pois bem. Liguei pra saber o valor desse mês. Eu imaginava que desse alto, porque andei ligando bastante pra minha mãe, pro celular do Eduardo, e teve uma ligação de madrugada pro cel da Clau, naquele dia q ela não tava bem, que foi bem uma meia hora. Ela diz que anda com meu nome escrito no pulso pra lembrar do que eu falo com ela. Vou fazer isso, vou escrever num papel e colar no telefone "R$ 370,12" pra não pendurar. Porque foi esse o valor que deu esse mês. Vou pagar a metade amanhã e parcelar o resto em 6 vezes. Puta que pariu. Sério, assustei mesmo, imaginei de vir uns 200, 220, mas não isso. Pode ser porque ainda tem ligação do mês passado que veio agora... foda viu...
Agora não ligo pra mais ninguém a não ser em fim de semana ou depois da meia noite.
Computador, fique pronto logo. E não fique muito caro, senão é mais grana que vou ter que tirar da poupança pra pagar. Merda.
Mas... o saldo do balanço geral ainda tá dando positivo! :wink:
Ah, obrigado a todos que elogiaram a Lúthien, assim que eu tiver mais fotos dela eu vou postando!


Postado Por: Laurelin Corsets às 8/04/2004 01:11:00 PM






.:. Perfil .:.
Nome: Vanessa
Idade: 25 (fiz em 08/04)
Onde me escondo: Rio de Janeiro (até que enfim!)
Eu gosto de... O Eduardo, gatos (aqueles peludinhos de 4 patas), pizza de maracujá, chocolate, sorvete, bons livros, cinema, vinho tinto, música , SDA, dormir e o Rio de Janeiro...
Eu não gosto de...ficar longe do Eduardo, estar longe das pessoas de quem gosto, acordar cedo, dias chuvosos, brigas, me sentir sozinha, almeirão amargo, gente hipócrita, correio lotado em época de Natal, clientes mal educados no banco e de vez em quando minha família.
Quero ter...Os dois volumes do Musashi, um monte de livros do Stephen King, o resto da coleção do Helloween, quatro fontes inesgotáveis: 1 de Pepsi Twist, 1 de Vinho tinto, 1 de pipoca e 1 de chocolate. Velox, que meus gatos parem de soltar pêlo e um salário maior.

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